sábado, 28 de agosto de 2010

Poesia como auto ajuda

Olá Senhores,
Depois de algum tempo sem postar nada, por não ter realmente nada para postar estou de volta, mas não com a frequência de antigamente, não tenho a mesma disposição e nem a mesma idade, sem contar as intempéries da vida e outro fatores etc e tal.
Nada é mais o mesmo, tudo mudou, lembro me do primeiro contato que tive com um lider de verdade , eu tinha 19 anos, ele era presidente de uma empresa de tv a cabo onde eu trabalhava como vendedor, na época ele devia ter uns 70 anos de idade, era Argentino e vinha uma vez por mês a Vitoria, chegava de jatinho particular de manhã e ia embora a tarde, tinhamos pouco contato com ele, era um senhor muito agradavel, diferente dos gerentes e supervisores da empresa, ele tratava todos pelo nome, incrivel aquilo, um homem de 70 anos com diversas empresas em diversos paises e me chamava pelo nome, eu um insignificante vendedor de uma de suas empresas, possivelmente era uma das menores, mas muito promissora.
Lembro do dia em que nos encontramos no corredor e ele sorrindo me chamou pelo nome, me deu Parabéns pelas vendas e me disse baixinho no ouvido, '' evandro na minha época todo mundo dizia que o mundo era dos mais espertos, isto mudou, não aceite isto como verdade quando ouvir, o mundo agora é dos mais rápidos, então não perca o seu tempo tentando ser esperto, seja rápido e foque nos resultados e será um vencedor."

Vejo suas palavras e entendo o que ele quis me dizer, da mesma forma que vejo o poema abaixo da Elisa.

O SUJEITO E A COISA

Há pouco tempo descobri
que entre o sujeito e a coisa dá até pena da coisa.
Ora, a coisa é a coisa e por isto o é.
É coisa porque não tem ação.
É coisa porque não age,
não propulsiona,
não proporciona,
não intervém,
não muda o rumo
nem adianta o rumo de nada.
É coisa, por isso guarda,
por isso parada,
por isso aguarda.
Já o sujeito é o cara.
O que comanda o verbo,
o rei da tarefada.
Então se o sujeito resolve que vai fazer aquela coisa
e põe todo o seu exército de desejos,
sua fileira de vontades
a este serviço,
se o sujeito se incumbe, seriamente,
de seu compromisso de fazer a coisa,
de incidir sobre ela,
de moldá-la a seu gosto e critério,
está este sujeito no lugar certo.
Seu particular império
arranca, desprende o abstrato
do seu conceito de inacontecido
e gera o fato.
Isso é gramático.
Não fui eu quem inventei.
O sujeito é o dono do verbo,
o sujeito é o senhor da ação.
Se o sujeito se voltar para ela,
para o seu acontecimento,
para o único motivo de sua oração,
razão pela qual a paz da obra no coração repousa,

ah… coitada da coisa!

Elisa Lucinda

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